Quando a cidade alaga, a verdade aparece: quem rema junto no governo — e quem só pesa na canoa

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Na política, como na vida, os tempos difíceis são reveladores. É no calor da crise, nos dias de caos, nos bastidores silenciosos do serviço público, que a gente realmente descobre quem é de verdade — e quem é só figura decorativa.

Enquanto uns arregaçam as mangas, enfrentam os desafios e se colocam à disposição do povo, outros preferem o ar-condicionado, as redes sociais e os bastidores da conveniência. Encostam, descansam, opinam — mas não fazem. E o pior: muitos ainda querem os aplausos de um trabalho que nunca tiveram coragem de executar.

Os primeiros meses de um governo são os mais difíceis. O gestor assume com cobranças de todos os lados, sistemas emperrados, burocracia travada, promessas por cumprir e o povo com pressa. Nesse momento, é fácil identificar quem está ali por vocação e quem entrou apenas para aproveitar as benesses do poder.

Tem os que estão nas ruas, nos setores, nas secretarias, nas reuniões com a comunidade. Gente que não foge da missão, mesmo quando a estrutura ainda está sendo montada.

Mas também tem os aproveitadores de plantão. Aqueles que vivem à sombra do cargo, que somem na hora de agir, e que só aparecem quando é tempo de festa ou holofote. Esses são fáceis de identificar: vivem de discurso pronto e foto ensaiada.

A pergunta que não quer calar é: de que lado você está? Do lado de quem faz ou de quem só aparece quando a casa está arrumada?

Porque no governo, como em qualquer equipe, não dá mais pra carregar quem só quer descansar. Política não é abrigo de aproveitador — é lugar de gente comprometida.

Itapetinga precisa — e merece — mais do que nomes em cargos. Precisa de gente que trabalhe, que respeite o povo e que honre a confiança recebida. E é papel de cada cidadão abrir os olhos e separar o joio do trigo.

Porque no fim, a população sabe. Sabe quem acorda cedo, quem resolve problema, quem responde ligação. E sabe também quem some, quem finge e quem se encosta.

A política está mudando. E quem não se levantar pra trabalhar, vai ser deixado pra trás.

Quando a cidade alaga, a verdade vem à tona

Tem coisa que só uma enchente escancara.

Foto: Gasinho Dias G4

Quando a água invade as casas, quando o povo perde o pouco que tem, quando o caos toma conta das ruas… não tem maquiagem política, não tem rede social com filtro, nem discurso ensaiado que segure a pressão. É nesse momento que a cidade conhece quem corre junto e quem só aparece depois que a lama seca.

Assim como numa enchente, na política também existem momentos de alagamento — onde tudo parece fugir do controle, onde a gestão precisa ser mais do que discurso, e sim ação, presença e parceria de verdade.

E é aí que mora a diferença: gestores que têm equipe, estrutura e aliados firmes não se afogam no primeiro temporal. Eles enfrentam, se reerguem e colocam a cidade de pé outra vez. Enquanto outros, acostumados a fazer política de camarim, somem, se escondem ou culpam os ventos.

A cidade precisa de líderes que saibam remar — não de figurantes de canoa furada.

A política séria é construída como nas grandes enchentes: com mutirão, com trabalho de base, com confiança, com união entre os poderes e, principalmente, com quem conhece o território e o sofrimento da sua gente.

Quem não tem essa bagagem, desaba na primeira correnteza.

Por isso, é bom abrir os olhos: quem está hoje ao seu lado nos dias de dificuldade, estará amanhã lutando por sua cidade de verdade.

O resto é espuma que a corrente leva.

“Não é só sobre o que se vê, é sobre o que está por trás. Entendedores… entenderão!”

G4TVBahia

Fotos: Clewtoin Dias / Gasinho G4

Obs: a foto de capa foi de propósito.

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