Na política, tem gente que não trabalha — contamina.
Sim, estamos falando daqueles personagens que existem em toda administração: os famosos “Zeca Pimenteira”. Eles não somam, não agregam, não constroem. Pelo contrário: onde encostam, tudo trava, emperra, apodrece. São especialistas em plantar discórdia, criar confusão e atrapalhar quem quer, de fato, fazer a máquina funcionar.
Esses figurões da intriga vivem de aparência e articulações de bastidores. Usam o crachá como escudo e o cafezinho como sala de comando. Adoram posar para fotos, dar palpite onde não foram chamados e tentar puxar tapete alheio — tudo em nome de um prestígio que nunca tiveram e de uma competência que nunca mostraram.
Em toda gestão pública, cedo ou tarde, eles aparecem. Se vendem como “essenciais”, mas basta um olhar mais atento para perceber: são os verdadeiros vírus da administração. Quando aparecem numa secretaria, a equipe desanda. Quando dão pitaco num projeto, o negócio desanda. E se chegam perto de uma decisão estratégica… aí é ladeira abaixo.
O problema é que, muitas vezes, quem está no comando demora a perceber. E quando percebe, já tem crise instalada, desconfiança espalhada e servidor bom querendo ir embora.
Gestão pública exige entrega, responsabilidade, lealdade e compromisso com resultados — não com vaidade e conchavo. O tempo dos puxa-sacos, dos sabotadores internos e dos “Zeca Pimenteira” precisa acabar. Porque uma cidade, um povo, um projeto coletivo… não pode mais ser refém de quem só sabe atrasar.
Quem tem ouvidos, ouça. E quem tem cargo, trabalhe. Porque só brilhar no crachá não sustenta mais ninguém.
G4TVBahia
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