O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 69 anos, foi assassinado no início da noite desta segunda-feira (15) em Praia Grande, litoral sul paulista. Ele era secretário de Administração do município e havia deixado a sede da prefeitura quando foi alvo de criminosos fortemente armados.
Fontes foi perseguido por bandidos em uma Hilux, tentou fugir em alta velocidade, mas colidiu com um ônibus. Após o capotamento, homens armados com fuzis desceram da picape e abriram fogo. O delegado reagiu e teria conseguido atingir um dos criminosos, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Um carro suspeito foi encontrado em chamas pouco depois.
Conhecido por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), Fontes chefiou a Polícia Civil entre 2019 e 2022, no governo João Doria, e foi o responsável por indiciar toda a cúpula da facção em 2006. Desde então, sofreu ao menos duas tentativas de assassinato. Também comandou o Denarc e o Deic, além de dirigir a transferência de líderes do PCC, como Marcola, para presídios federais.
Promotores do Gaeco afirmam que “tudo indica um crime de máfia”. A polícia também investiga se há relação com licitações da prefeitura. Uma das linhas aponta possível envolvimento da “Sintonia Restrita”, braço de pistoleiros da facção.
O governador Tarcísio de Freitas lamentou a morte e garantiu “toda energia” na investigação. Fontes foi delegado por mais de 40 anos, deixando um legado de combate ao crime organizado. Caso se confirme a participação do PCC, este pode ser o terceiro assassinato de grande impacto promovido pela facção como forma de vingança contra autoridades.
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