No Brasil, até a camisa da Seleção virou campo de batalha política.
O que antes era apenas futebol — paixão nacional, símbolo de união e orgulho — agora também carrega o peso de uma nação dividida entre vermelho e amarelo. Sim, as cores do uniforme da Seleção Brasileira, que deveriam representar todos os brasileiros, se tornaram bandeiras de disputa ideológica.
O amarelo sequestrado
Durante anos, o amarelo canarinho foi sinônimo de festa, de Pelé, de Copa do Mundo, de povo nas ruas vibrando junto.
Mas nos últimos tempos, a cor foi apropriada por movimentos políticos e passou a simbolizar uma posição ideológica específica. Para muitos, usar a camisa da Seleção hoje é quase uma declaração de voto — e não de torcida.
E quem pensa o contrário, evita. Troca de cor. Muda de tom. Silencia o grito de gol por medo de ser confundido.
Vermelho? Nem pensar.
Por outro lado, a cor vermelha, usada por partidos de esquerda, virou quase um tabu no futebol brasileiro.
Mesmo que historicamente a Seleção já tenha vestido vermelho (sim, isso aconteceu em 1956, num amistoso contra a França), sugerir o uso dessa cor hoje seria o suficiente para provocar debates, xingamentos e cancelamentos online.
O vermelho virou “proibido”.
Mas desde quando o futebol tem dono? Desde quando uma cor define caráter ou patriotismo?
Então joga com azul!
Se o amarelo virou lado e o vermelho virou inimigo, talvez seja hora de a Seleção entrar em campo com sua terceira cor mais emblemática: o AZUL.
Simbolicamente neutra, tradicional e linda, a camisa azul representa uma das conquistas mais emocionantes da história do Brasil — a final de 1958, quando vencemos a Suécia por 5 a 2, usando azul por necessidade… e fazendo história.

Talvez a camisa azul seja o que nos resta para lembrar que o Brasil é de todos. Que o futebol é de todos. Que a Seleção é de todos — ou deveria ser.
Uniforme ou uniforme ideológico?
A verdade é que o Brasil precisa reaprender a torcer junto. A camisa da Seleção, seja qual for a cor, deveria ser símbolo de união e identidade nacional, não de racha político.
Enquanto isso não acontece, seguimos divididos até no futebol.
E se não podemos usar amarelo sem rótulo, nem vermelho sem julgamento…
Então que o Brasil entre em campo de azul — até que a democracia volte a vestir todas as cores.
🎯 Opinião do editor: a Seleção representa o povo — e o povo é diverso. Está na hora de parar de dividir até as cores da camisa. Gol de verdade é quando todo mundo pode comemorar junto. 🇧🇷⚽
G4TVBahia
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