Após o fim da folia, um dos maiores legados do Carnaval de Salvador se destaca: o projeto Catador para Catador, que, desde 2013, tem garantido melhores condições de trabalho para catadores de materiais recicláveis. Criado com a missão de promover a inclusão social e a valorização do trabalho desses profissionais, o projeto vai além da simples coleta de resíduos, oferecendo dignidade, segurança e respeito àqueles que desempenham um papel fundamental na preservação do meio ambiente.
Em 2025, o Catador para Catador contou com o apoio do Governo do Estado da Bahia, ampliando sua atuação e oferecendo uma infraestrutura ainda mais robusta. Com o auxílio do Ecofolia Solidária, a iniciativa proporcionou alimentação, banheiros e ambientes dignos para os trabalhadores, garantindo não só a sustentabilidade do Carnaval, mas também a promoção da economia circular. O investimento de quase R$ 5 milhões é um reflexo do compromisso com a inclusão social e com a saúde do meio ambiente, dois pilares essenciais da ação.
Em 2024, o projeto já apresentou resultados expressivos, com a coleta de 174,8 toneladas de recicláveis e o envolvimento de 2.437 catadores. A meta para 2025 é aumentar esse número para 210 toneladas, um desafio que será possível graças ao trabalho das 13 Centrais de Apoio ao Catador, que não só fazem a triagem dos materiais, mas também oferecem espaços de convivência, atividades de bem-estar e alimentação para os trabalhadores.
O coordenador do Catador para Catador, André Dantas, destaca o impacto positivo da iniciativa:
“Esse projeto é um reflexo do compromisso do Governo da Bahia com a inclusão social e a valorização do trabalho digno. O Catador para Catador não só garante um ambiente seguro e justo para esses profissionais como também contribui de forma significativa para um Carnaval mais sustentável. Estamos vendo uma transformação real na vida de centenas de trabalhadores, oferecendo não só uma remuneração justa, mas também condições de trabalho e de convivência que fazem toda a diferença. A parceria com as cooperativas de catadores e os órgãos envolvidos tem sido fundamental para o sucesso dessa ação, e o que mais nos motiva é ver a alegria e o orgulho de quem participa, sabendo que está fazendo a diferença para o meio ambiente e para a sua própria vida.”
O sucesso do Catador para Catador não só reflete o impacto positivo que ações de inclusão e sustentabilidade podem gerar no Carnaval, mas também fortalece a importância de programas que proporcionam melhores condições para trabalhadores em situação de vulnerabilidade. O projeto, que evolui a cada ano, é um exemplo de como a solidariedade, a organização e a parceria entre o poder público e as cooperativas de catadores podem transformar realidades, garantindo um Carnaval mais justo, limpo e consciente.
Com 13 Centrais de Apoio espalhadas pela cidade, o projeto vai muito além da coleta de resíduos: ele oferece aos catadores espaços dignos de convivência e bem-estar, além de assegurar uma remuneração justa pelos materiais recolhidos, sem intermediários, com foco na valorização de seus serviços essenciais para a cidade.
O Catador para Catador é, sem dúvida, um exemplo de como é possível conciliar sustentabilidade, inclusão social e justiça, criando um legado que se estende muito além do Carnaval.
Clewton Dias / Gasinho G4TVBahia – Com informações de André Dantas
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