O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (6) uma série de medidas para tentar conter a alta dos preços dos alimentos no Brasil. Entre as principais ações está a isenção temporária da tarifa de importação para produtos como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva. A medida visa aumentar a oferta interna desses itens, estimulando a concorrência e, consequentemente, reduzindo os custos para o consumidor final.
Alckmin ressaltou que as medidas entrarão em vigor nos próximos dias e fazem parte de um esforço do governo federal para aliviar a pressão inflacionária sobre os alimentos. “O governo está abrindo mão de imposto em favor da redução de preço”, destacou o vice-presidente, enfatizando que a decisão foi tomada para beneficiar diretamente a população.
O anúncio ocorreu após uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e representantes do setor de alimentos e abastecimento. Durante o encontro, foram debatidas formas de atenuar os impactos da inflação sobre a cesta básica e garantir maior estabilidade nos preços de produtos essenciais.
Impactos Esperados
A isenção da tarifa de importação deve tornar os produtos importados mais competitivos no mercado nacional, obrigando produtores e distribuidores a ajustarem seus preços para manter a competitividade. O milho, por exemplo, é um insumo fundamental para a cadeia produtiva de carne e laticínios, e sua redução de custo pode refletir em queda nos preços desses produtos.
No entanto, economistas apontam que a eficácia da medida depende de outros fatores, como a taxa de câmbio e a capacidade de distribuição dos alimentos importados. Além disso, é importante monitorar o impacto da isenção sobre os produtores nacionais, para evitar prejuízos ao agronegócio brasileiro.
Outras Ações em Discussão
Além da isenção tarifária, o governo estuda medidas complementares para garantir uma redução sustentável nos preços dos alimentos. Entre elas, estão a ampliação de linhas de crédito para pequenos produtores, incentivos à logística de distribuição e o fortalecimento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para aumentar os estoques reguladores de alimentos essenciais.
Com essas iniciativas, o governo busca conter a inflação alimentar e garantir maior segurança alimentar para a população, especialmente as famílias de baixa renda que mais sofrem com o aumento dos preços.
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