Nos últimos dias, a região de Ilhéus, no sul da Bahia, tem vivido uma sequência assustadora de episódios de violência que deixaram a população em estado de choque. Em menos de 48 horas, a cidade turística, conhecida por suas praias e belezas naturais, virou palco de crimes brutais que levantam um forte clamor por mais segurança.
No último sábado (16), três mulheres foram assassinadas de forma cruel enquanto caminhavam em uma das praias do sul da cidade. A brutalidade do crime abalou moradores e visitantes.


No domingo (17), outra notícia correu pelas redes sociais: um tiroteio também em uma praia do sul resultou na morte de um homem, alvejado por disparos e sem chances de socorro.
A madrugada desta segunda-feira (18) trouxe mais pânico. Em Uruçuca, na BR-101, uma família foi perseguida e atacada por criminosos armados. O motorista foi baleado e morreu no local, enquanto a esposa e uma criança conseguiram escapar e pedir ajuda em um posto da Polícia Rodoviária Estadual. O caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte).

A escalada da violência não parou por aí. Entre sexta-feira e domingo, Ilhéus registrou pelo menos sete homicídios, espalhando ainda mais medo pela cidade.
Além dos homicídios, moradores relatam intensos tiroteios nas zonas norte e sul da cidade, deixando a população ainda mais aterrorizada. A polícia investiga os crimes, mas até o momento não há informações sobre os responsáveis nem sobre as motivações.
Região turística pede socorro
Os episódios em sequência expõem uma dura realidade: a violência avança sobre uma região que deveria ser sinônimo de lazer, descanso e turismo. Ilhéus, famosa por suas praias, história e cultura, hoje enfrenta um medo crescente.
Moradores e turistas cobram providências urgentes das autoridades. Mais policiamento, ações preventivas e presença do Estado são vistos como fundamentais para frear a criminalidade e devolver a sensação de segurança.
Mulheres protestam contra a violência em Ilhéus

Além do medo e da indignação, a dor das vítimas também se transforma em resistência. Na última sexta-feira (1º), um grupo de mulheres foi às ruas do Centro de Ilhéus para protestar contra a violência. Com faixas e cartazes, elas denunciaram o feminicídio e lembraram vítimas como Clealine Santos de Andrade, morta em dezembro passado pelo próprio marido.
A principal mensagem estampada em uma das faixas questionava: “Quantas Alines serão necessárias para estancar essa violência, numa cultura machista?”. Outra pedia: “Salve uma mulher!”.
Organizado pela União Brasileira das Mulheres, o ato começou na Praça Cairu, seguiu pela Rua da Linha e continuou pela Avenida Soares Lopes, em direção à Catedral São Sebastião. As manifestantes ressaltaram a importância de romper o silêncio, denunciar agressões e cobrar Justiça para que os culpados sejam responsabilizados.
Voz das ruas
O protesto reflete o sentimento de grande parte da população: não dá mais para conviver com tanta insegurança. A cidade que recebe turistas do Brasil e do mundo pede paz, Justiça e medidas concretas para que Ilhéus volte a ser referência em cultura e turismo — e não em violência.
G4TVBahia
Imagens: Redes sociais





