Em Itapetinga, onde até o calor tem opinião e o cafezinho vem com fofoca política, surge a pergunta que ninguém quer ouvir, mas todo mundo já fez: “Quem é você no muro do ITC?”
A expressão virou bordão entre rodas de conversa e grupos de zap, ganhando força como um termômetro de vaidade, influência e, principalmente, relevância. Porque aqui, meu amigo, tem gente que acha que sentar à beira da piscina ou dar uma voltinha na feirinha é sinônimo de liderança política.
Mas vamos aos fatos: a cidade está cheia de figuras que, longe dos palanques, nunca plantaram uma ideia, nunca arregaçaram as mangas e nunca encararam a bronca de verdade. São os que preferem o reflexo do espelho ao reflexo do povo.
São os “Zé selfie”, que postam sorrisos ao lado do povo, mas somem quando o povo precisa de verdade. Estão nas festas, nas mesas de bar, nas fotos com figurões — mas quando o bicho pega, viram especialistas em desaparecer.
Alguns acreditam que ter sobrenome político é o mesmo que ter currículo. Outros acham que “gritar mais alto” nas redes sociais é o mesmo que ser atuante. Mas a população de Itapetinga já sacou: quem faz barulho nem sempre entrega trabalho.
Enquanto isso, tem servidor carregando a gestão nas costas, tem aqueles que só aparecem pra bater palma e posar pra foto, mas que na hora de enxergar o erro e se posicionar de verdade, preferem o silêncio conveniente. Tem personagem fictício, daqueles que adoram um bastidor, que se vende por tapinha nas costas e promessa de cargo — e ainda tem a cara de pau de dizer que tá “com o povo”…
E aí vem a pergunta que incomoda: “Quem é você no muro do ITC?”
É só mais um que quer aparecer na foto, ou é alguém que realmente faz algo acontecer?
Tá na política pra mudar a realidade, ou só pra receber o salário gordinho no final do mês?
Porque aparecer é fácil… difícil mesmo é mostrar trabalho.
Em tempos de eleição se aproximando, essa reflexão vale ouro. Porque a cidade não precisa de personagens — precisa de gente real, que encara os problemas e entrega soluções.
Na política de verdade, não adianta subir no muro: ou você constrói com o povo, ou será apenas mais um retrato desbotado na parede da história.
G4TVBahia
Imagem: Google
