Eduardo se aproxima do PT, enquanto Rodrigo é cotado para vice na chapa de ACM Neto
Com sua base política cada vez mais fragilizada e diversos prefeitos migrando para o grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o ex-prefeito ACM Neto enfrenta dificuldades para formar uma chapa competitiva nas eleições de 2026. A falta de um nome forte para ocupar a vice na sua candidatura ao governo da Bahia tem se tornado um desafio significativo.
De acordo com informações divulgadas pelo Portal A Tarde na quinta-feira (6), Neto, apesar de ainda ser considerado o principal nome da oposição para a disputa, tem encontrado resistência em suas articulações. Até o momento, três nomes já recusaram o convite para compor sua chapa como vice.
Entre os que negaram a proposta estão os prefeitos Sheila Lemos, de Vitória da Conquista, e José Ronaldo, de Feira de Santana, ambos filiados ao União Brasil, partido de ACM Neto. A negativa reforça a dificuldade do ex-prefeito de Salvador em consolidar aliados estratégicos para o pleito.
Outras opções ventiladas incluem o ex-prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge, que, para aceitar o convite, precisaria deixar o MDB. No entanto, surge a dúvida: Rodrigo aceitaria ser vice de Neto? O clima de incerteza aumenta ainda mais quando se observa que seu tio, Eduardo Hagge, prefeito eleito de Itapetinga nas últimas eleições, tem se aproximado cada vez mais do governador Jerônimo Rodrigues. Essa aproximação pode indicar um realinhamento político do grupo Hagge na Bahia, o que tornaria a adesão de Rodrigo a uma chapa de oposição um movimento arriscado.
Além disso, Eduardo Hagge mantém alianças com partidos como União Brasil (UB), PL, PDT e Democracia Cristã (DC), que na eleição passada estiveram acompanhando ACM Neto e que não estiveram e não estão alinhados com o governo estadual. O próprio MDB, partido de Rodrigo Hagge e Eduardo, tem uma base fragmentada, onde a maioria de seus filiados não apoia nem vota em Jerônimo Rodrigues. Essa realidade adiciona ainda mais tensão ao cenário político e levanta o questionamento: caso Rodrigo aceite ser vice de Neto, como ficariam os votos desses partidos aliados aqui em Itapetinga? Acompanhariam Rodrigo ou ficariam com Eduardo?
Ao mesmo tempo, Rodrigo Hagge também ensaia uma candidatura a deputado estadual, mas essa possibilidade dependeria do apoio de seu tio, Eduardo Hagge, o que adiciona ainda mais imprevisibilidade ao cenário. Tudo pode acontecer, inclusive nada.
Tudo bem, sabemos que ainda é muito cedo, mas as especulações já começaram a circular nos bastidores políticos. Essa movimentação pode gerar um racha interno e enfraquecer ainda mais a base política de ACM Neto. Já se especula, nos bastidores, que uma decisão nesse sentido poderia provocar uma verdadeira debandada de líderes municipais que ainda sustentam a oposição no interior do estado.
Enquanto isso, o nome do prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), também surge como possibilidade, mas a chance de sua adesão é remota. Zé Cocá e ACM Neto não se falam desde as eleições de 2022 e o gestor tem se aproximado do governador Jerônimo Rodrigues.
O xadrez político na Bahia segue indefinido, e a oposição de ACM Neto enfrenta um momento crítico. Nos próximos meses, as decisões tomadas por líderes como Rodrigo Hagge poderão definir os rumos da disputa e indicar se a base oposicionista conseguirá reverter sua crise ou se continuará a perder força diante da crescente influência do governo estadual.
CONFIRA VÍDEOS DA CAMPANHA DE EDUARDO HAGGE COM PRESENÇA DE ACM NETO – https://www.instagram.com/reel/DAhk-EqpHYz/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
Informações A TARDE / G4TVBahia
Imagem: Google